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Vida
Herói nacional, o maior e mais admirado poeta português, Camões foi contudo ignorado e incompreendido pelos seus contemporâneos. Teve de morrer na miséria para lhe ser concedido o valor justo e merecido “ O poeta, símbolo de Portugal”. Em 1624, Manuel Severim de Faria, cónego da Sé de Évora, traçou o retrato escrito do poeta:
“ Luís Vaz de Camões era de média estatura, grosso e cheio no rosto e algum tanto carregado de fronte, tinha o nariz cumprido, levantado no meio e grosso na ponta, afeiava-o grandemente a falta do olho direito. Sendo mancebo, teve o cabelo tão loiro que atirava a açafroado e ainda que não fosse gracioso na aparência, era na conversação muito fácil, alegre e dizidor, como se vê em seus motes e esparsas, posto que já sobre a idade deu algum tanto em melancólico”.
Descendente de uma família galega, ignora-se o lugar onde nasceu. É provável que tenha estudado em Coimbra, tendo vindo cerca de 1542 para Lisboa onde frequentou a Corte de D. João III. Entre 1549 e 1551 esteve em Ceuta onde perdeu um dos olhos. Em 1552 embarca para a Índia onde passa um período conturbado e em 1567 vai para Moçambique, onde vive de esmolas, revendo Os Lusiadas, que é publicado quando regressa a Lisboa. Em 1580 morre numa casa da Calçada de Santana, sendo enterrado em campa rasa numa igreja próxima.
Em 1579 ou 1580 Luís Vaz de Camões morre, sendo o seu funeral pago por um nobre, D. Gonçalves Coutinho, que mandou colocar sobre a sua sepultura a seguinte transcrição: “Aqui jaz Luís de Camões, príncipe dos poetas do seu tempo. Viveu pobre e miseravelmente e assim morreu”.
Obra
Além de OS Lusíadas, só cerca de quatro poemas foram publicados em vida, sendo a sua lírica recolhida a partir de vários manuscritos e foram considerados cerca de 600 poemas como de sua autoria.Escreveu também o Auto dos Anfitriões,o Auto de Filodemo(1587) e o Auto d’El-rei Seleuco(1645).
A obra OS Lusíadas é considerada a epopeia portuguesa