filme
Kaspar Hauser viveu até os seus 15 anos trancado dentro de um calabouço, sem contato nenhum com o mundo exterior. Kaspar Hauser não desenvolveu o comportamento motor e intelectual normal de uma criança. Ignorava a linguagem e a existência dos outros seres humanos. O único contato que tinha com humanos, era com o “homem que deixava a sua comida a noite”. Em um certo dia, Kaspar Hauser foi deixado em uma praça pública de Nuremberg. Mal conseguia ficar de pé, trazia consigo uma carta endereçada ao capitão da cidade, explicando como vivera até então, juntamente com uma súplica: fazer dele um cavalheiro, tal como era seu pai. Kaspar Hauser, foi acolhido por um cidadão, que se dispôs a socializa-lo com o mundo. E a partir dessa socialização é que Kaspar irá desenvolver sua aprendizagem. Em sua casa, Kaspar começou a aprender desde os processos mais simples de aprendizagem, como por exemplo: andar, se sentar em uma mesa, segurar uma colher, etc., aos mais complexos, como a linguagem, envolvendo a fala, a leitura e a escrita. Ao se socializar, não demorou muito para que Kaspar conseguisse desenvolver seus aspectos cognitivos, motores e psíquicos. Em determinada parte do filme, Kaspar declara nunca ter sonhado até então, e a incapacidade de diferenciar seus sonhos, da realidade. Logo, a notícia de que um “selvagem”, ou “um menino em corpo de homem”, como era denominado, se espalha pela cidade, e todos ficam curiosos para ver essa tal “aberração da natureza”.
Para a teoria Socio-cultural de Vygostky, o ser humano só se desenvolve através da aprendizagem. E essa aprendizagem se dá devido ao meio em que o sujeito está inserido. Como Kaspar não teve contato algum com humanos, ou qualquer tipo de ambiente fora do calabouço, não aprendeu a se desenvolver psiquicamente. O interacionismo permite que pessoas interfiram na zona de desenvolvimento de um indivíduo, intervindo