Filme X Vulnerabilidade
O filme "e a vida continua", de 1993, retrata o surgimento de uma doença desconhecida que teve inicio entre os homossexuais, que destruía o sistema imunológico, deixando então os pacientes vulneráveis a doenças oportunistas. Também foi abordado o preconceito sofrido pela classe homossexual que era estigmatizado por toda sociedade, bem como as dificuldades dos pesquisadores descobrirem o agente causador da nova doença devido, entre outras coisas, ao baixo incentivo financeiro, ao pouco acesso a tecnologias mais avançadas e escassa atenção dos governantes.
O surgimento de novos casos se deu de forma crescente e constante o que fez a doença passar em pouco tempo de uma epidemia (aumento do número de casos por limite geográfico e populacional) para uma pandemia (aumento do número de novos casos sem que haja limites geográficos, de sexo ou orientação sexual), o que assustou médicos, cientistas, a população e principalmente os homossexuais que até então eram vistos como os únicos portadores desta enfermidade.
Por serem alvo de discriminação por parte da sociedade, muitos portadores da doença não assumiam publicamente sua condição, uma vez que era o mesmo que admitir fazer parte de um grupo socialmente estigmatizado. Fato este que dificultou ainda mais a identificação de todos os casos e possíveis medidas de controle da propagação e mapeamento.
Com o passar do tempo, identificou-se o aparecimento de novos casos em outros grupos populacionais, o grupo de risco foi então ampliado e passou a englobar, além de homossexuais, haitianos, usuários de heroínas e hemofílicos. Foi então nesse momento, que deixou de ser chamada de câncer gay e recebeu o nome de Síndrome da Imunodeficiência Humana Adquirida.
De acordo com Ayres, vulnerabilidade designa, em sua origem, grupos ou indivíduos fragilizados, jurídica ou politicamente, na promoção, proteção ou garantia de seus direitos de cidadania. A vulnerabilidade possui 3 eixos