Filme: Obrigado por Fumar
No filme, “Obrigado por Fumar”, é nítido o cenário político norte-americano, onde é feita uma analogia entre a ética e o poder que a comunicação possui, através do lobismo como exemplo. Nick Naylor, narrador e personagem principal do filme, é um lobby e presta serviço para uma empresa de tabaco, muito confiante e convincente, ele persuade o público (consumidor) e faz uso de todos os métodos possíveis para inverter o conceito de que o cigarro não é prejudicial a saúde. Em sua árdua missão de argumentar e convencer, ele utiliza a mídia, participa de debates e disputa um acirrado conflito contra um político, Senador Ortolan, que defende os interesses da “população” contra o tabagismo visando à saúde pública, atacando diretamente a academia de tabaco.
Tem um filho e a relação é distante devido à ex-esposa não permitir muita aproximação entre ambos, por medo que o filho torne-se um fumante, mas o garoto é bastante influenciado pelo pai, mesmo exercendo tal profissão, se esforça para ser um bom exemplo para Joey. Reúne-se todas as semanas com dois amigos cúmplices de profissão e vida, o lobista Bobby Jay defensor da indústria armamentista e a lobista Polly da indústria de bebidas alcoólicas, para conversar sobre seus trabalhos. No momento em que encontra uma repórter, Heather Holloway, atraente e ambiciosa, acaba se envolvendo e faz revelações confidenciais de si mesmo, das pessoas que o cercam e de como desenvolve seu trabalho e isso conduz a sua carreira ao declínio.
O filme aborda diversos temas: relacionamento entre pais e filhos, ética corporativa, alianças, fidelidade à empresa, negociação, raciocínio lateral, poder, manipulação, responsabilidade social e valores, e o forte poderio de argumentação. Mostra o quanto a palavra tem poder, o protagonista usa as palavras certas, o tom certo de voz e a convicção (mesmo que seja falsa) no que esta falando, para melhor explicitar esse tem.