Filme nenhum a menos
Apesar do gradual desenvolvimento econômico evidenciado a partir da década de 90, a China ainda apresenta relevantes problemas sociais, como por exemplo, o sistema educacional no interior chinês. Percebe-se claramente que o progresso ainda não alcançou boa parte da população chinesa.
O filme aborda os problemas população rural ao contar a história de uma jovem (Wei Minzhi) de apenas 13 anos, que é contratada como professora substituta de uma pequena aldeia, tendo a missão de garantir que nenhum dos alunos e alunas abandone a escola. Quando um dos alunos (Zhang Huike) vai trabalhar na cidade grande, a professora sai numa obstinada missão à sua procura, a fim de convencê-lo a retornar. Percebe-se que a jovem professora é uma menina tímida, inexperiente e sem credibilidade diante das crianças acabando por ficar perdida em meio à turma. Wei faz a chamada a cada novo dia e depois passa para os alunos os deveres de cópias das lições escritas no quadro negro, mas não se preocupa muito se eles estão aprendendo realmente, ela só quer que eles não abandonem a escola.
Um fator interessante do filme é o cenário, a vila de Shuiquan, é árida e extremamente pobre. A escola é simples e extremamente carente de recursos educacionais. Wei dispõe de apenas um giz para cada dia de aula, economizando-os o máximo possível. Ninguém possui livros, a mesa do professor está quebrada, e os alunos e alunas sentam-se em bancos de madeira desconfortáveis. Wei e alguns alunos dormem na própria escola, sendo que, as camas dos alunos são improvisadas com as carteiras da classe. Esta realidade evidenciada no filme é comparável ao que ocorre em pequenas cidades e zona rural do nordeste brasileiro, uma vez que ali a