Filme Meu Malvado Favorito
Em seu carro gigante, esquisito e altamente poluente, Gru sai de casa para comprar seu café da manhã. Ao se deparar com uma fila, não hesita em usar suas armas de última geração para congelar todos e se poupar de ter que esperar sua vez. No longa-metragem Meu Malvado Favorito, o personagem central da trama vive um dilema sobre seu real papel, oscilando entre homem perverso e pai amoroso.
No artigo “O papel do professor e do professor alfabetizador”, Cristiane Giusti Vargas Nakajima defende a teoria de que as pessoas ajustam seu papel social à determinada situação. Ou seja, a forma de ser no papel de pai, não é a mesma quando se desempenha o papel de filho, embora haja algo de permanente em diferentes situações. Gru é um exemplo prático dessa teoria. Apesar de ser um mau sujeito, seus crimes - o roubo das versões em miniaturas da Estátua da Liberdade e da Torre Eiffel localizadas em Los Angeles - são relativamente medíocres.
A princípio, Gru não passa de um vilão desmoralizado e carente, desprezado pela mãe e até por seu animal de estimação. Para mudar essa realidade e resgatar sua popularidade, ele planeja desbancar o recente roubo da Pirâmide de Gizé (considerado o maior crime de todos os tempos até então) roubando a lua com o auxílio do poderosíssimo raio encolhedor que está nas mãos de Vetor, o mais novo vilão do pedaço e seu principal concorrente.
Contudo Gru tem um lado carismático, que é o de criminoso atrapalhado, já que para executar seu plano maligno, o “grande” vilão vai precisar da ajuda de três inocentes órfãs. Aos olhos do criminoso, a única brecha na segurança da impenetrável fortaleza de Vetor, é a paixão que este tem pelos biscoitinhos caseiros vendidos pelas meninas do orfanato local, Margo, Edith e Agnes. E com isso em mente, Gru decide adotá-las.
O que era para ser um plano incansável em busca do topo na lista de criminosos mais malvados do mundo acaba se transformando em uma rotina de felicidade