Filme hair e san es
RADCLIFFE-BROWN
O filme “Hair” é uma produção de 1979 dirigido por Milos Forman e retrata o movimento hippie que ocorreu na década de 70. Conta a história do jovem Claude, John Savage, do interior dos Estados Unidos convocado para a Guerra do Vietnã que vai até Nova York se apresentar ao exército, mas um dia antes, ele encontra uma tribo de hippies, liderada por
“Berger”, interpretado pelo ator Treat Williams, de quem se torna amigo. Claude passa a conviver com eles, aprende sobre o outro lado de uma guerra e se apaixona por uma de família rica. Percebemos de maneira evidente que Berger e seus amigos conduziam a vida de forma contrária à imposta pela sociedade, sob uma ideologia pacifista, contra a guerra, amor livre de compromissos, uso indiscriminado de drogas, roupas extravagantes, cabelos compridos e bem desajeitados. Hoje enxergamos com menos preconceito, mas à época, era uma afronta à família e à sociedade em geral. Criticavam, desafiavam e vulgarizavam, constantemente, todas as normas da sociedade daquela época, que era capitalista, tecnocrata e individualista.
O filme “Hair” representa de modo emblemático o espírito da revolta juvenil que eclodiu no segundo pós-guerra chamado de contracultura. A desaprovação quanto a essa revolta é percebida e expressa com diferentes graus de intensidade espécies. Essas diferenças são difíceis de definir e classificar. Provisoriamente a moral negativa ou sanção ética pode ser definida como reação de reprovação pela comunidade para com a pessoa cuja conduta é desaprovada; as obrigações morais podem ser consideradas normas de conduta que ensejam reação deste tipo.
“Hair” certamente foi produzido para ser um meio de entretenimento, mas podemos extrair, sem esforços, lições antropológicas e normativas contidas nessa película, servindonos de meio de contextualização com o estudo das Sanções Sociais definidas por RadcliffeBrown. Ao analisar o filme sob a ótica das sanções sociais descritas