O Princ Pio Do Direito Intimidade E Privacidade No Mundo Cibern Tico

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O princípio do Direito à intimidade e privacidade no mundo cibernético.
A privacidade e intimidade estão diretamente relacionadas com o que os franceses chamam de “Vie priveé”, onde se envolvem conceitos de liberdade e de propriedade privada, possibilitando o aprofundamento da individualização do ser.
Resguardar a intimidade é propiciar o livre arbítrio das ações privadas, de modo que o ser possa se considerar protegido das influências e opiniões de terceiros sobre o que considera útil e bom para si.
Alem de ser proteger contra essas influências e opiniões, existe o medo do aparato Estatal montado para espionar o cidadão, de modo que qualquer tecnologia que vise a identificar os usuários que trafegam pela rede é imediatamente abominada pela sociedade eletrônica.
Assim se manifesta o documento eletrônico “A Cypherpunk's Manifesto”, editado por Eric Hughes: “A private matter is something one doesn't want the whole world to know, but a secret matter is something one doesn't want anybody to know. Privacy is the power to selectively reveal oneself to the world”. (1992)
Hughes coloca, então, a privacidade como fator fundamental para a existência da sociedade cibernética, adotando a linha da opção humana em revelar-se seletivamente para o mundo.
Para proteger a privacidade na rede os usuários se relacionam através de pseudônimos, com o intuito de resguardar sua privacidade. Entretanto essa opção pode interferir sobre direitos fundamentais insculpidos na Carta Maior, onde garante a liberdade de opinião, mas veda o anonimato (Constituição Federal Art. 5º IV).
Na verdade, a própria Internet -- criação da agência americana Defense Advanced Research Projects Agency (Agência de Projetos de Pesquisa Avançada), conhecida como ARPA -- foi concebida para ser uma rede robusta e que garanta privacidade de seus usuários.
De outro lado, tamanha privacidade agasalha inúmeros ilícitos, dentre os quais são veementemente repudiados em diversos ordenamentos jurídicos.
No mundo moderno, em

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