Filme blade renner
Blade Runner
Os replicants são artefactos dotados de inteligência artificial, inteligências com cérebro de silício, programas automáticos de tratamento de informação e de resolução de problemas.
Porém, embora sem memória inicial, Tyrell verificou que os replicants, à medida que viviam, iam construindo uma emotividade e adquirindo o estatuto de máquinas pensantes. O que era uma ameaça para a empresa que representava e para os humanos em geral. Os replicant podiam desencadear revoltas, motins, comportamentos vingativos. É nesse sentido que, para os controlar, a empresa de Tyrell limitou a sua vida a quatro anos.
Ora, os replicants que conhecemos no filme estavam prestes a completar quatro anos de existência, ou seja, estavam já muito perto do limite de segurança da “Tyrell
Corporation”. O motim referido no filme, e a consequente fuga dos replicants para a
Terra, só acontece porque estes, ao fim de algum tempo de vida, começam a ser capazes de recear a morte. É por isso que procuraram a Terra, o único lugar onde podiam encontrar alguma informação sobre o possível prolongamento da sua vida.
A modificação que os replicants vão sofrendo é tão grande, a sua aproximação à figura humana é tão forte que, no fim do filme, se dá um acontecimento inesperado...
Quando a sua vida está no fim, pouco antes de morrer, Roy salva a vida de Deckart. Artefacto metálico, dele se solta uma pérola inesperada – a pidade pelo outro.23
O que leva Roy a salvar a vida do humano que matou os seus companheiros e que o perseguia justamente para o matar?
A resposta que o filme sugere é que a máquina pode aprender a humanidade, aprender o amor, o ódio, o desespero, a esperança, a solidão, a vingança, o valor da vida, da sua própria vida e, portanto, da vida dos outros.
Como? Porquê?
A partir do momento em que descobre a inevitabilidade da sua morte.
Digamos que o androide se aproxima vertiginosamente da humanidade quando compreende que vai largar,