Figurações do sujeito na escrita autobiográfica de manoel de barros

682 palavras 3 páginas
O estudo da obra de Manoel de Barros, e em especial o livro que será o cerne desta pesquisa, nasceu do meu total estranhamento, numa primeira leitura, em relação à obra do autor. Apesar de não ter sido construído num percurso iniciado na graduação, já que nela apenas ocorreu a apresentação ao poeta, mas sem nenhum aprofundamento temático ou formal, e do reconhecimento da enorme importância que esse precedente traz para a pesquisa, não acreditei que isso a tornasse impossível, mas apenas um pouco mais trabalhosa. Desse modo, o ingresso no mestrado permitiu que eu voltasse praticamente todos os novos conhecimentos adquiridos para a busca de um melhor entendimento da obra do autor. Meu interesse pela escrita autobiográfica iniciou-se na graduação, mas só pôde ser aprofundado após o ingresso no curso de mestrado na Fundação Universidade do Rio Grande.
O que me intrigava, quanto a essa linha de pesquisa, era como ela era capaz de estabelecer uma relação, de forma sustentável criticamente, entre a instância narradora e o escritor que lhe deu origem. Tal conexão me parecia pouco provável, pois durante todo o curso de graduação muito se ouviu que é necessário dicotomizar esses dois pólos, pois um, necessariamente, não está condicionado ao outro. Frente a esse estranhamento tive a oportunidade de conhecer o mais recente livro de
Manoel de Barros, escritor conhecido e respeitado pela crítica, mas pouco conhecido do público em geral; a escrita desse livro joga justamente nessa linha fronteiriça entre o autor e o narrador, o empírico e o imaginário. Diante de tal perspectiva, e orientada pela Profa Raquel Souza, escolhi o corpus considerando que nele seria possível observar lacunas que remeteriam tanto ao ficcional quanto ao referencial, sem que estes se tornassem termos excludentes. O epíteto de autobiografia foi conferido à obra escolhida devido ao fato de que na sua estrutura narrativa encontram-se conjugados elementos

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