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Prezados (as) Alunos (as), vamos começar a Unidade I da nossa Disciplina Introdução ao EaD.

Alguns podem dizer que “cartas” são coisas antigas. Isso tem certa razão. Em tempos de comunicação instantânea, via rede de dados, a cena, antes comum, da espera do carteiro ficou cada vez mais rara. As cartas “físicas”, timbradas e com selos, parecem ser coisas que se afastam cada vez mais da memória imediata do nosso presente. Mas há algo das cartas que fica, que é atemporal: desde que a comunicação passou a ser o centro da vida humana, cartas sempre foram (e são) veículos, instrumentos que aproximam pessoas. Cartas de boas novas, de más notícias ou as famosas cartas de amor. Sempre elas, aproximando o que parece estar distante.
Assim sendo, parece-me apropriado começar a nossa disciplina de Introdução ao Educação a Distância por esse instrumento tão antigo e importante: a carta.
Pois bem.
De início, gostaria de confidenciar o que penso sobre Educação, sobre o ato de aprender. Dessa forma, acredito que, para realizar um processo educacional criativo e produtivo para os alunos, é importante deixar clara – desde o início – a ideia central, o motor que direciona nosso Curso de Introdução Ao Ensino a Distância. Ou seja: entender essa questão poderá orientar melhor nossa caminhada.
Recorro a uma imagem. Lembram-se do “finado” Orkut? Lembro-me que no Orkut havia vários grupos sobre temas diversos, alguns com chamadas curiosas e engraçadas. No fundo, quando alguém fazia parte de um grupo era como se agregasse ao seu perfil um estilo. Havia grupos com nome de bandas, de cidades, cada um expressando um gosto ou uma ideologia. Dentre tantos grupos, um me chamou atenção, e o seu título era o seguinte: “Eu plantei feijão no algodão”. O título faz rir. Brincadeira de criança? Coisa que nada tem a ver com o ensino superior? No fundo esse grupo expressava uma "piada séria", ou, como diria Rubem Alves, relembrando o velho adágio: "ridendum dicere severum" (Falar coisas