Fichamento
A partir do governo de Luís XIV aconteceu uma serie de modificações na vida da aristocracia europeia: Antes a mesma tinha deveres e tarefas sérias.
Segundo Mumford, as cidades barrocas, em sua construção, refletiam os modos e os gostos do palácio. Sua forma constituía-se por dois lados: Um para o uso das principais necessidades, como impostos, entrada de mantimentos e organização do Estado e o lado rural onde a corte recebia honrarias e era formada por homens e mulheres, bem vestidos e alimentados que recebiam regalias especiais vindas do rei. A corte era um mundo fantasioso, onde a realidade era distorcida e as virtudes da vida se sobressaiam aos defeitos. Seus habitantes tinham como obrigação o prazer e seus serviços eram basicamente o descanso. Fazia-se uso de grandes invenções para coisas simples como grandes bombas hidráulicas simplesmente usadas para fazer funcionar fontes dos jardins. A corte fazia questão de reafirmar seu poder absoluto. A forma, para a maioria nessa época, era maior que o conteúdo. A futilidade resultante do ócio provocou um culto ao ser “visto” e “aceito”. É de se dizer, também, que os rituais eram entediantes, autômatos, Mumford compara a vida do príncipe à de um operário, sempre fazendo a mesma coisa. Pode-se concluir, segundo os relatos do autor, que a corte barroca previa empiricamente o que seria a metrópole do século XX. Foi através da corte que surgiram o refúgio nas distrações, tédio pela rotina, a rotina da opressão de governantes voltados para seus próprios interesses, sendo, esses caracteres, semelhantes aos da cidade do século XX.
2.2 INFLUÊNCIAS DO PALÁCIO SOBRE A CIDADE
A cidade foi diretamente influenciada pela corte barroca em todos os aspectos. Essas influências fizeram mudar a direção e a fidalguia feudal, tornando estas mais urbanas. Os costumes de luxuria, o exagero e o desperdício da corte se espalharam para a cidade. O palácio que era ocupado por um príncipe mercador, ou