fichamento
Para os positivistas, a pesquisa qualitativa é considerada subjetiva e não científica, uma vez que não opera com dados matemáticos que permitem descobrir relações de causa e efeito no tratamento estatístico. MINAYO (2008) destaca que na pesquisa qualitativa, o importante é a objetivação, pois durante a investigação científica é preciso reconhecer a complexidade do objeto de estudo, rever criticamente as teorias sobre o tema, estabelecer conceitos e teorias relevantes, usar técnicas de coleta de dados adequadas e, por fim, analisar todo o material de forma específica e contextualizada. Para a referida autora, a objetivação contribui para afastar a incursão excessiva de juízos de valor na pesquisa: são os métodos e técnicas adequados que permitem a produção de conhecimento aceitável e reconhecido.(Guerra, 2014, p. 12) Muito provavelmente, o embate entre essas duas posições epistemológicas se estenderá por anos. A tradição quantitativa ainda permeia os estudos nas ciências humanas e sociais, e seus adeptos consideram a pesquisa qualitativa impressionista, não objetiva (possui envolvimento do pesquisador com o objeto de estudo) e, portanto, sem caráter científico. Atualmente já existem defensores de investigações científicas que apostam nas abordagens quanti-qualitativas, com frequência denominada como triangulação, defendendo que o melhor de cada uma das abordagens pode ser utilizado em um mesmo