Fichamento

Tipo de Fichamento: Revista
O porquê de uma teoria do design.
BOMFIM, Gustavo. Sobre a possibilidade de uma teoria do design. Anais P&D Design 94, Rio de Janeiro, Estudos em Design, v.2, n.2, novembro 1994.

Houveram três fases cruciais na história da configuração de objetos. Tais fases, fazem referência ao momento do artesão como um produtor primário, à completa industrialização do seu produto, fazendo com que a arte seja trocada pela ciência. Essa troca só é submetida, já que a manufatura já não é mais uma opção viável devido a demanda. Durante essas fases, foram criadas as primeiras academias de arte, “School of Design”.

A diferença entre a Bauhaus e a Escola de Ulm é seu pensamento diante do processo criativo. Enquanto a Bauhaus desenvolvia teorias de forma e da cor, a Escola de Ulm abandonava definitivamente tais teorias e aplicavam ergonomia, psicologia, teoria do planejamento, teoria da informação, entre outros. A partir desse rompimento por parte da Escola de Ulm, que muitos acreditam que o design surgiu, criando uma nova metodologia para configuração de objetos de uso.

“Esta breve análise permite concluir que o design se diferencia de outros processos de configuração justamente pela fundamentação lógica que pretende, ou seja, o design é essencialmente uma praxis, mas, ao contrário da arte e do artesanato, uma praxis que procura seguir princípios de diversas ciências na determinação da figura dos objetos.”

Pensando em melhorar a lógica dos processos através do design, com o passar dos anos, novas teorias e ciências foram adicionadas aos currículos dos cursos na área do design. Tais conhecimentos podem ser classificados em seis grandes grupos, que agrupam conhecimentos da filosofia, tecnologia, ergonomia, criação da forma, planos bi e tridimensionais e físicas.

O debate sobre a possibilidade de uma teoria do design ganha maior relevância nos dias de hoje, devido ao alto número de instituições que estão inaugurando cursos de pós-graduação na área do