Fichamento
Após a Segunda Grande Guerra, foram se dispersando as relações cientificas internacionais, e tomaria posse a hegemonia americana e finalizaria a construção institucional e política na ciência brasileira, marcada pela criação do CNPq³.
Não há mais modelo francês, mesmo não tendo desaparecido a atração cultural e intelectual. O General A. de Lyra Tavares explicita bem essa ideia em seu livro “Brasil e França ao longo de cinco séculos”
“O intercâmbio cultural franco-brasileiro nunca se interrompeu,desde os tempos coloniais, a partir do descobrimento, mas é verdade que o seu ponto mais alto de maior influência na formação das nossas elites foi marcado com a presença do Imperador Pedro II, tanto na suprema direção do povo brasileiros, como na tranqüilidade habitual e discreta, para ler e meditar, no isolamento da sua biblioteca do Palácio de São Cristóvão.” ( Tavares, 1979. p. 226)
Logo em 1962 um episódio, não muito conhecido na História das Relações Internacionais, mexe novamente com as relações entre Brasil e França, a “guerra da lagosta”. Uma embarcação da Marinha brasileira flagrou barcos de pesca franceses pescando clandestinamente lagostas na costa brasileira, daí inicia o conflito sem uso de armas, entre os dois países, que se estendeu até 1964.
Esse conflito é considerado o “ponto de retorno” na linha das relações bilaterais, o qual forçou os presidentes dos dois países a perceberem que chegara a hora de negociar e traçar novos acordos na interação entre seus povos.
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³ O Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico é o órgão ligado ao Ministério da ciência e tecnologia para incentivo à pesquisa no Brasil, criado em 1951.
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