Fichamento
JACOBS, Janes. Morte e Vida de Grandes Cidades; São Paulo: Martins Fontes, 2007.
Já de início a autora da um breve resumo do assunto que o livro trata, se posicionando contra os fundamentos urbanísticos vigentes que, segundo ela, são ensinados desde as próprias escolas de arquitetura e urbanismo até revistas femininas, e, ainda, demonstra sua intenção de apresentar novos princípios no planejamento urbano e na reurbanização por meio de exemplos comuns e cotidianos. E finaliza dizendo que neste texto ela mostrará o funcionamento da cidade na prática “porque essa é a única maneira de saber que princípios de planejamento e que iniciativas de reurbanização conseguem promover vitalidade socioeconômica nas cidades e quais práticas e princípios a inviabilizam”, escreveu.
Ela afirma que existe um mito nostálgico que nos faz acreditar que bastaria termos dinheiro suficiente e todos os problemas urbanísticos estariam resolvidos, e que, no entanto, muito dinheiro já foi gasto mas nenhum problema foi solucionado. Jane usa de exemplo os famigerados conjuntos habitacionais de baixa, média e alta renda que apenas serviram para criar núcleos de delinquência e vandalismo, monumentos à monotonia e à padronização e, por fim, núcleos de futilidade e inutilidade. E diz ainda que estes conjuntos “ Raramente favorecem as áreas urbanas à sua volta, como teoricamente deveria. Essas áreas amputadas são normalmente acometidas de gangrena fulminante. Para alojar pessoas desse modo planejado, pregam-se etiquetas de preço na população, e cada coletividade etiquetada e segregada passa a viver em suspeição e tensão crescentes em relação à cidade circundante...”
Para ela a economia da reurbanização atual é um embuste, já que não se baseia somente no investimento racional através de subsídios públicos, mas também em vastos e involuntários subsídios arrancados de vitimas locais indefesas, e os resultados do aumento dos impostos nesses lugares, cobrados com a promessa de “investimentos”,