fichamento

Fichamento do texto “Segregação e estruturação do espaço intra-urbano- Flávio Vilaça”.

A segregação do espaço intra-urbano vem ocorrendo nas cidades desde o século XIX. Em algumas metrópoles esse fenômeno é mais recente que em outras mas ocorrem da mesma forma: as classes média e alta e somente elas estão se concentram em determinadas regiões da cidades. Através do mercado imobiliário as classes acima da média estão desenvolvendo um novo centro, nessa região onde estão se segregando, e o centro antigo ou tradicional está sendo ocupado pelas camadas abaixo da média. Com essa divisão de regiões na cidade cria-se então duas cidades, uma “divorciada” da outra.
Acredita-se que essa crescente tendência a segregação esteja presente em todas as metrópoles, porém as transformações advindas da segregação não são notáveis em curtos períodos de tempos e por isso dificulta a captação de dados consistentes mas as evidencias nas transformações na estrutura do espaço intra-urbano são várias.
Um exemplo contido no texto é da decadência do bairro do Brás e ascendência do bairro do bexiga como bairro de cantinas italianas. O Brás está no quadrante leste da cidade de São Paulo e as famílias burguesas se deslocavam do quadrante sudoeste até lá para consumir nessas cantinas italianas. Progressivamente esses restaurantes no Brás foram fechando as portas e as cantinas italianas começaram a se concentrar no bexiga. Isso é explicado pelo fato da zona leste ter ficado fora de mão para essas famílias de classe acima da média que eram os consumidores dos restaurantes no Brás e esses o produtor se mudou para onde está o consumidor.
As metrópoles se estruturam a partir do impacto dos mais poderosos, se os burgueses dominam as condições de deslocamento espacial como consumidor ocorrerá o deslocamento do centro principal a seu favor e os subcentros se formaram em função das camadas abaixo da média não poderem acessar o centro principal. A partir disso a estrutura urbana se aprimora