Fichamento

Carnavais, malandros e heróis
Teoria e Prática do "Sabe com quem está falando"
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Em diversas situações pode se empregar a expressão: "Sabe com quem está falando", mas é também possível especificar tais momentos.
Em momentos em que se procura sentir-se importante ou mostrar a posição social
Principalmente para afastar a ideia de inferioridade
Expressão que apresenta caráter coletivo
As pessoas desenvolvem uma consciência de posição social (cada macaco no seu galho)
Revelando enorme preocupação com a posição social e consciência de todas as regras necessárias para manter essa posição
Segundo Tocqueville, tal como na Europa do século XIX temos o medo de deixar de acompanhar alguma regra de etiqueta que tem o peso de uma lei
Desenvolve-se o medo do ridículo
Descoberta do erro junto com a sua correção "pelo meio da cara" do vociferado "sabe com quem está falando?"
Desconhecimento da expressão, já que é utilizada de cima para baixo
Algumas pessoas não se acham no direito de usar a expressão por não possuírem po der algum para tal
Identificação social vertical - subordinado tomando a projeção social do chefe. Exemplo:
"sabe com quem está falando?" eu sou o motorista do Ministro
O fenômeno relevante é a projeção da posição social
Hierarquia baseada na intimidade social
Resumindo bem, em nossa sociedade a expressão "sabe com quem está falando?" é uma forma autoritária e hierarquizadora de se sobrepor sobre outra pessoa, já em outras sociedades ocorre uma relação inversa.
Nos EUA por exemplo usa-se a expressão "who do you think you are", onde neste caso a pessoa que realiza certa ação errada é trazida à realidade pela expressão e ainda a relação de superioridade está no individuo que pratica a ação, se achando superior aos demais e n ão por aquele que utiliza a fórmula
O brasileiro tem uma relação estranha com filas. Nos EUA, por exemplo, o ser cidadão vem primeiro e só depois a