Fichamento
-A recepção não é apenas uma etapa do processo de comunicação e sim é um lugar diferente de onde devemos pensar os estudos da comunicação. É de certa forma uma espécie de metáfora de reencontro dos estudos da comunicação com a sociedade de hoje.
Repensar o processo inteiro de comunicação
-Confusão muito grave: confundir o significado da mensagem com o sentido do processo e o das práticas de comunicação
-A iniciativa da atividade comunicativa é colocada ao lado do emissor. E o receptor tem como única possibilidade reagir aos estímulos que lhe envia o emissor.
-Concepção epistemológica condutista: recepção um lugar de chegada e não um lugar de partida
-Concepção epistemológica iluminista – o processo de educação como um processo de transmissão do conhecimento para quem não conhece
-As duas concepções – profundo moralismo. O receptor é sempre um ser manipulado.
-O modelo condutista- exigia a separação radical entre como se estuda o emissor, a mensagem e o receptor.
As mediações: anacronias e fragmentações
Primeira mediação que a recepção, vista como um lugar, introduz: a questão das anacronias e das diferentes relações com o tempo (destempos).
1ª questão – não há só uma história, nem no sentido que Marx pensava, em que a burguesia como classe universal unificava os tempos.
A reflexão sobre pós-modernidade fez uma critica radical dessa visão unidirecional da historia, buscando resgatar a heterogeneidade de temporalidades. Essa é a primeira mediação fundamental: a heterogeneidade de temporalidades, ela pode ser pensada em nível macro, por exemplo, na proposta de Raymond Williams de que toda sociedade convivem formações culturais arcaicas residuais emergentes. Durante muito tempo estudamos comunicação sem pensar no seu papel na reorganização da divisão social, e, portanto, de seu contrario, na reorganização dos reconhecimentos. E quando falo de reorganização das divisões sociais,