fichamento
DUARTE JUNIOR, João Francisco. O que é realidade. 10ª edição, 5ª reimpressão (1ª edição: 1984), São Paulo: Brasiliense, 2004.
1. “Cai na real”
A expressão “cai na real” (DUARTE JUNIOR, 2004, p. ) é uma gíria brasileira antiga, mas que com o passar dos anos pode se dizer que já que incorporou ao nosso vocabulário. Essa expressão nos remete a voltar a realidade, sair do mundo ilusório e entrar no mundo real. Algumas ciências, particularmente as ciências humanas trabalham com o termo realidade, mas isso não significa dizer que elas sabem explicar especificamente o significado, visto que uma coisa é real de um ponto de vista e irreal de outro. Uma arvore, por exemplo, para um jardineiro é vista de uma forma, para um cientista de outra e para um pintor de outra forma totalmente diferente. Devido a isso podemos dizer que não se trata de uma realidade, mas sim de realidades no plural. Para ser mais complexo ainda, poderia questionar qual seriam as realidades de fatos culturais, humanos, sentimentais, fatos que não são concretos.
O que mais inquieta o ser humano é não ter noção de que é ele próprio que cria a realidade, isso não quer dizer que cria tudo que está ao redor dele, mas o modo de perceber e o modo de interpretar é o ser humano quem determina. Ate agora nota-se que os “níveis” de realidade, caminham com os “níveis” de verdade, ou seja, não existe uma única verdade absoluta, sendo que existem varias realidades. Concluindo, a compreensão da realidade passa por diferentes maneiras do ser humano se relacionar com o mundo, pontos de vista filosóficos, científicos, artísticos ou religiosos são exemplos disso.
2. “No principio era a palavra”
Somente o homem pode interpretar o mundo dando-o sentidos diversos, o que faz essa diferença é a palavra, a linguagem. A consciência humana é a única reflexiva, ou seja, ela pode se voltar a si mesmo e isso graças a linguagem. Por meio da palavra o ser humano pode “desprender-se” do meio ambiente, tomando