Fichamento
INICIAÇÃO A CIÊNCIA E PESQUISA
THAIS BIM GENERALE
RA 81311
MARINGÁ
2014
FISCHER, Rosa Maria Bruno. Escrita acadêmica: a arte de assinar o que se lê. In: COSTA, Marisa Voraber; BUJES, Maria Isabel Edel Weiss. Caminhos Investigativos III. Riscos e Possibilidades de pesquisar nas fronteiras. Rio de Janeiro. D&A 2005 (117-140)
[...] proponho-me a pensar sobre fronteiras, limites e aproximações entre arte, produção científica e exposição de si mesmo. ( FISCHER, 2005, p. 117)
Ao utilizar um autor na escrita acadêmica, nós de certa forma o reescrevemos, nós nos apropriamos dele e continuamos sua obra, tencionamos os conceitos que ele criou, submetemos a discussão uma teoria, porque a mergulhamos no empírico, no estudo de um objeto por nós selecionado. [...] Reescrever um autor, apropriar-se dele, é vasculhar em suas formulações teóricas um ponto de encontro com nós mesmos, com aquilo que escolhemos com objeto, com aquilo em que nós investimos nossa vida, nosso trabalho, nosso pensamento; tem a ver com uma entrega, nossa entrega e um tema, a um objeto, a um modo de pensar, que assumimos como pesquisadores. . ( FISCHER, 2005, p. 120)
Referindo-se a leitura que fez de Freud, o filósofo nos diz que tomou como uma espécie de axioma a afirmação de que “nenhum texto é sempre homogêneo” e, nessa condição, será legítimo e as vezes necessário fazer dele “uma leitura dividida, diferenciada, até mesmo aparentemente contraditória. Ativa, performativa, assinada, essa leitura deve e não pode deixar de ser invenção de uma escrita”. [...] É bom, é recomendável que nosso textos acadêmicos e científicos tornem-se criação, leituras assinadas. . ( FISCHER, 2005, p. 122)
[...] Para tanto, a exigência é de que façamos intervenções, que reinterpretemos, critiquemos, desloquemos, de modo que “tenha lugar uma transformação digna desse nome: para que