fichamento

"As escolas européias destinavam-se à nobreza e à burguesia ascendente, esta última desejosa de alcançar postos na administraçao pública, já que aspirava tornar-se classe dirigente. Os burgueses esperavam que uma formação adequada permitiria a ascensão social e política de seus filhos. Nas colônias americanas, inclusive no Brasil, os jesuítas estiveram presentes desde o início da colonização, marcando indelevelmente nossa formação: por um lado, a educação dos colonos; por outro a catequização dos indígenas"[p.114].
"O realismo pedagógico, por considerar que a educação devia partir da compreensão das coisas e não das palavras, exigia uma nova didática"[p.114].
"No século XVII, vários teóricos se preocuparam com a questão metodológica, o que se reflete nas indagações a respeito da pedagogia: se há método para conhecer corretamente, existe método para ensinar de forma mais rápida e mais segura. É nesse sentido que se dirige o esforço de João Asmós Comênio(1592-1670), autor da obra Didática magna, para quem o ponto de partida da aprendizagem deve ser sempre o conhecido"[p.114].
"Essa mudança de orientação enuncia de certa forma as preocupações da escola ativa, e Comênio inova quando o defende a escola única, universal a cargo do Estado"[p.114].
"Ainda no século XVII, as escolas da ordem religiosa dos oratarianos opunham-se à linha dos jesuítas e, dentro do espírito moderno, voltava-se paras novas ciências e para o pensamento cartesiano; ensinavam o frânces e outras línguas modernas, além do latim; preconizavam o estudo de história e de geografia com uso de mapas; encorajavam a curiosidade científica, além de aplicar um sistema disciplinar brando"[p.115].
"Na linha dos principais críticos da velha tradição medieval, Locke lamentava a excessiva ênfase no ensino de latim e o descaso com a língua vernácula e o cálculo. De acordo com sua pedagogia realista, recusava a retórica e os excessos da lógica, propondo o estudo de história, geografia, geometria e ciências