fichamento
O processo emancipatório da América Colonial hispânica
(...) A estrutura interna latino-americana estava montada em função da articulação com os mercados europeus, para onde iam matérias-primas e de onde vinham as manufaturas. (...) Por trás de uma retórica libertária o que houve foi a oposição aos seculares privilégios gerados no mercantilismo: a cobrança de impostos, a proibição de produzir e negociar livremente e a obrigação dos navios que vinham ou saíam do Novo Mundo de passarem obrigatoriamente por portos hibéricos. (p. 70) Interessado em ampliar mercados e negócios na América Latina, o capitalismo europeu, com o inglês na vanguarda, não tinha qualquer interesse em que as estruturas dos países do Novo Mundo sofressem qualquer alteração. E com razão, pois tal como se encontravam serviam perfeitamente aos interesses europeus, que, desta forma, poderiam manter tais países em uma posição de dependência em todos os planos. (...) (p. 71)
A primeira fase da luta emancipatória
(...) Afastado o poder colonial que unificava artificialmente a América, evidenciou-se a grande fraqueza das lutas emancipatórias em virtude da pulverização dos poderes locais, da fragmentação política do continente, da desunião e rivalidades pessoais que esfacelavam os exércitos rebeldes e paralisavam as vontades. Ademais, importantes frações da Igreja católica e da elite criolla não apoiaram decididamente a luta, pois temiam uma eventual revolução social incubada na revolução colonial. (...) (p. 74)
A sustentação diplomática da emancipação
Alcançada numa época em que a Europa vivia sob o signo restaurador do Congresso de Viena e da Santa Aliança, a independência hispano-americana viveu, inicialmente, a ameaça do retorno ao status colonial, através de uma intervenção maciça das potências do Velho Mundo. (...) (p. 77)
A fragmentação da América Colonial hispânica
A luta emancipatória foi resultado da ação de diferentes frações de uma mesma