fichamento
TEXTO 1: ARIÈS (1981).
TEMA : A descoberta da infância. In História social da infância e da família, p. 50-68.; Os dois sentimentos da infância., p. 156-164.
Na historiografia consta que durante muito tempo a fase da infância foi desconhecida e ignorada pelas sociedades de cada tempo. Cada uma teve uma forma especifica de lhe dar com esta fase da vida de todo e qualquer ser humano, o que em muitas das vezes foi mal compreendida pelas sociedades. A arte que buscava exprimir o ser criança não se preocupava em representar a originalidade infantil, o que resultou, por muito tempo, em representações deformadas das crianças. Até o séc. XIII isso foi comum. Na arte, as crianças eram homens pequenos: músculos, rosto, expressão, tudo de uma pessoa adulta. As representações realistas da criança foi feita a partir da retomada da arte grega, mais precisamente a arte romântica. Esse fato esta relacionado diretamente com os antecedentes históricos medievais em que não se tinha um sentimento pela infância, rapidamente aquele que era considerado criança rapidamente se inseria no mundo dos adultos. Durante muito tempo a infância adquiriu a ideia de fase passageira, sem importância, sem valor, que logo seria esquecida, uma fase compreendia entre os sécs. X-XI. Somente no séc. XIII que teve início a representações de crianças que se aproximam do sentido moderno, sendo que a até passa a conceder características próprias desta faze da vida, como traços redondos, ingênuos, graciosos, o que distancia da ideia dos séculos X-XI. Esta nova arte pautou-se na ideia da infância religiosa voltada para a figura cristã de Jesus que com o passar do tempo deixou de se limitar a Jesus surgindo novas inspirações para a caracterização da infância, no entanto, dentro do contexto religioso. Nos sécs. XV-XVI destacou-se a iconografia leiga , uma transformação da iconografia convencional dos sécs. passados, não sendo mais a representação da criança sozinha, como sua