Fichamento
UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
LICENCIATURA EM HISTÓRIA
DISCIPLINA
HISTÓRIA DA ÁFRICA
IPIAÚ-BA
FICHAMENTO
Os africanos entre representações: viagens reveladoras, olhares imprecisos e a invenção da África no imaginário Ocidental
Em Tempo de Histórias - Publicação do Programa de Pós-Graduação em História
PPG-HIS/UnB, n.9, Brasília, 2005
Palavras-chaves: África, representações dos africanos, imaginário ocidental.
Entre imaginários e palavras
“Em viagem realizada no final de 2003 à África, o presidente Luís Inácio Lula da Silva, demonstrou a preocupação de seu governo em ampliar o número de parceiros políticos e comerciais no chamado eixo Sul-Sul. Para fazer justiça, seria correto afirmar que alguma falas e ações da atual gestão federal têm demonstrado a intenção, pelo menos de forma simbólica, de quebrar o silêncio de algumas décadas nas relações econômicas ou diplomáticas mais vantajosas entre as duas margens do Atlântico” (p.90)
“Estou surpreso porque quem chega a Windhoek, não parece estar num país africano. Poucas cidades do mundo são tão limpas, tão bonitas arquitetonicamente e tem um povo tão extraordinário como tem essa cidade (...). A visão que se tem do Brasil e da América do Sul é de que somos todos índios e pobres. A visão que se tem da África é de que também é um continente só de pobres” (P.91)
“ Porém, essas realidades não revelam e nem sintetizam o que é a África, nem seus centros urbanos. Eles são, evidentemente, muito mais do que isso. Os graves problemas existem, e vão continuar existindo nos próximos anos, mas há, nos passados e presentes africanos, muito mais do que fome, guerra, doença e sujeira. Além disso, é certo afirmar que as realidades descritas por Lula muito pouco de distingam de alguns bairros e dados estatísticos que encontramos em nossas cidades. Sujeira e violência nunca foram exclusividades, muito menos identificadores das cidades africanas, apesar de parecer que