FICHAMENTO - O Círculo Privilegiado - Fundamentos Sociais da Distinção Arquitetônica
FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO
DISCIPLINA: A PRODUÇÃO DO ESPAÇO URBANO E CONFLITOS SOCIOESPACIAIS.
ACADÊMICO: LEONARDO DE CARVALHO PROZCZINSKI
STEVENS, Garry (trad. Lenise Garcia Corrêa Barbosa). O círculo privilegiado: Fundamentos sociais da distinção arquitetônica. Brasília: UnB, 2003. p. 18-25.
Segundo o autor do texto, mesmo que semelhantes, psicologia e sociologia não tem muito com comum. Uma se volta às áreas biológicas enquanto outra é relacionada às ciências políticas e econômicas. Mudar de um pensamento destes para o outro pode não ser tarefa simples, considerando o problema do campo arquitetônico que não aceita facilmente a contribuição sociológica. Os sociólogos são mais críticos, tendo o papel de analisar a genialidade da arquitetura invés de buscar os fatores determinantes dela e adorá-la, assim como os psicólogos. Sociólogos geralmente são tão críticos por enxergar problemas por toda parte e também ter ideias para a resolução destes. Assim, o autor do texto ainda diz que “os sociólogos com suas opiniões sobre o que a sociedade deveria ser, muitas vezes, dizem coisas que a profissão da arquitetura não está interessada em ouvir.” Rober Gutmn, sociólogo, por exemplo, diz que arquitetos folheiam livros de ciência buscando ideias que expressem suas opiniões e emprestem um imprimatur para seu projeto. Hebert Gans, seguindo a mesma linha, diz que arquitetos não são grandes filósofos, fazendo uso de observações clichês, mesmo quando o projeto é bom. Ambos os sociólogos citados acima creem que o arquiteto não presta atenção ao social e as necessidades de quem habita suas edificações. A socióloga Dana Cuff descobriu em entrevistas com arquitetos de New York que a maioria deles considerava as pessoas como expectadores e não agentes ativos. Noções sociais de comunidade, família, trabalho, entre outras, eram mal definidas entre eles, deixando a impressão de que pessoas se intrometem no caminho dos arquitetos. Os