Fichamento - "sociologia dos partidos políticos", de robert michels. sexta parte: capítulos i e ii.
Teoria Política Contemporânea 2º semestre de 2011
Docente: Paola Novaes Ramos
Discente: Ana Claudia Lopes Andrade Matrícula: 10/0092063
Fichamento de Sociologia dos Partidos Políticos, de Robert Michels. Sexta parte, capítulos I e II.
Michels propõe que nos questionemos quanto à possibilidade de que um partido revolucionário siga uma política revolucionaria, ou se seria, não só o socialismo, mas a política socialista por si, uma utopia. Isso porque, como escreve o autor, a organização política conduz ao poder, poder esse que é sempre conservador. Há, no interior dos partidos e na sociedade, uma tendência á formação de uma oligarquia. À medida que a organização partidária cresce, torna-se impossível lutar pelos grandes princípios. Sob pressão do Estado, os partidos esforçam-se para não contrariar o primeiro, para isso mudando até mesmo suas diretrizes e ideais declarados. O maior compromisso do partido passa a ser sua própria sobrevivência.
Isso ocorre dentro da democracia, cujo principio de domínio das massas é criticada por alguns teóricos. Esses teóricos sugerem a impossibilidade de que haja ordem social sem uma classe dominante, pois a luta de classes nada mais é do que a sucessão de minorias no poder.
Segundo Michels, a única doutrina cientifica que possui resposta séria as teorias que propõe a necessidade das classes dominantes é o Socialismo. Essa doutrina identifica na figura do Estado uma classe dominante. Porém o próprio Socialismo, abolindo o Estado burguês, cria condições para a formação de uma nova elite dominante.
Sempre surgira entre as massas uma minoria organizada, que se ergue a condição de classe dirigente, com interesses próprios advindos da não identificação da proposta inicial do partido com a totalidade dos membros. Assim, poderiam os socialistas ter sucesso. O socialismo em si, contudo, feneceria no momento em que isso ocorresse.
Referencia:
MICHELS, Robert. Sociologia dos Partidos