Fichamento Raizes do Brasil
03.01 “[A] Urgência de comunicação [dos portugueses] iria encontrar [...] uma série de obstáculos, relacionados a complexidade do quadro lingüístico da Amazônia, caracterizado por uma enorme diversidade de línguas” (p. 5).
03.02 “o denominado ‘catolicismo guerreiro’ começa a elaborar um discurso baseado numa ideologia etnocêntrica, que pretende justificar o extermínio destas línguas, consideradas como ‘línguas travadas’, isto é, toscas, difíceis de pronunciar” (p.10).
03.03 “a Língua Geral se tornou efetivamente a língua de comunicação interétnica,[...] a indiscutível expansão da Língua Geral havia sido realizada em detrimento das demais línguas indígenas” (p. 20).
03.04 “a expansão da Língua Geral [...] começou a afetar a função da própria língua portuguesa, ameaçando o seu destino na região” (p. 23).
03.05 “Os mesmos argumentos preconceituosos usados cem anos antes contra as múltiplas línguas indígenas e que acabaram favorecendo a Língua Geral, foram retomados para condená-la” (p. 28).
03.06 “A nova administração manteve a proibição da Língua Geral e tomou as medidas para a difusão do ensino do idioma português” (p. 32).
03.07 “Torna-se evidente que não seria uma escola que usa uma língua não falada pelos alunos e não dominada pelos professores que iria ‘portugalizar’ a região. Isto só vai começar a ocorrer a partir da integração da Amazônia no mercado internacional e de sua inserção na divisão internacional do trabalho, como produtora de borracha para as fábricas de automóveis dos Estados Unidos e da Europa” (p. 45).
MENDONÇA, Sônia Regina. ”As Bases do Desenvolvimento Capitalista Dependente: Da Industrialização Restringida à Internacionalização”.In: - LINHARES, Maria Yedda (org.). História Geral do Brasil. Cap.8. 9.ed. Rio de Janeiro: Campus, 2000.
P. 327 “Sem dúvida alguma a industrialização