Funk e MPB uma análise e stética e linguística da lírica amorosa na formação de gosto dos alunos da rede estadual de ensino

Resumo
O Brasil é um país de dimensões continentais e, por isso, oferece muitas possibilidades musicais e lingüísticas.
Dentro desse contexto, surge o FUNK carioca, com suas letras polêmicas e impactantes, enquanto, de outro lado, a MPB que se caracteriza por ser um estilo musical “aceito” pela sociedade e já estabelecido.
Contudo, o FUNK vem crescendo em conhecimento e reconhecimento nas comunidades cariocas e fora delas e atingindo principalmente os jovens adolescentes. As escolas, públicas de comunidades, são lugares em que se percebe essa nítida preferência musical por parte dos alunos. Já os cantores e letras que já tem suas raízes fincadas na MPB, muitas vezes não é conhecida e /ou reconhecida pelos alunos.

Sendo assim, faz-se necessário o debate e um trabalho que dissemine o conhecimento de outras opções musicais que vão invocar o questionamento sobre as diferenças musicais, e mais especificamente, as variações lingüísticas existentes entre os dois estilos de música.
A partir da análise e do diálogo sobre as canções poderemos traçar um comparativo lingüístico entre um e outro gênero musical, deixando clara a intenção de trazer novos conhecimentos despidos de qualquer pré-conceito.
Os resultados me pareceram positivos, pois os alunos conseguiram perceber as diferenças das formas de se expressar e a utilização da linguagem informal (coloquial) e da formal (culta). A participação foi efetiva na construção dos trabalhos.

Introdução O trabalho a seguir, surgiu da necessidade de apresentar aos alunos da rede pública estadual, uma nova maneira de discutir os estilos musicais e as variantes socialmente prestigiadas e/ou desprestigiadas. Principalmente na escola em que leciono, Ciep 418 Antônio Carlos Mussum, foi percebido uma lacuna no conhecimento musical dos alunos em relação à MPB e a valorização somente do funk carioca. Por isso, fez-se necessário, a meu ver, a inclusão e apresentação de novas músicas ao alunado para, a partir daí,