FICHAMENTO NATALIA A ONDA
Ao analisar o longa-metragem por um olha weberiano, podemos identificar a crítica que o sociólogo faz da liderança carismática baseada na devoção do poder pessoal. Para Weber, o próprio indivíduo e a sua subjetividade são o fundamento da ação social, que se dá entre as pessoas. O controle de um sobre o outro é exercido pelos próprios sujeitos sociais. Para a sua sociologia, o motivo do sujeito e quem o mesmo tem como referencia são objetos de estudo essenciais. Além disso, a história e a sociedade também seriam consequências da ação intencional desse controle de um ser sobre outro.
Para o sociólogo, o sentido social da ação pode ser de caráter racional (fins e valores) ou pode ter natureza irracional (emoção e tradição). Dessa maneira emergiriam vários tipos de dominação (racionais, tradicionais, carismáticas), sendo que, muitas vezes, é a própria irracionalidade das massas que resultará na obediência das normas estabelecida. Além da análise dos tipos de poder apresentados na teoria de Weber, há a possibilidade de compreensão (de acordo com passagens do filme) dos sentidos que as ações de um indivíduo contêm, e não apenas o aspecto exterior das mesmas. O fato em questão não deve se esgotar em si mesmo, pois ele poderá apontar para um complexo de significações sociais, carregadas de sentido.
Interessante perceber como existem diversos grupos, associações e coletivos espalhados pela sociedade com tais características “envolventes”, ditos apolíticos, que não professam uma ideologia. Neles, os indivíduos se sentem de alguma forma, intimamente ou explicitamente, superiores, melhores, mais evoluídos ou mais sábios,