Fichamento - luto inesperado
HABEKOSTE, Aline Herzog; AEROSA, Silvia Coutinho. O Luto Insperado. UNISC, Santa Cruz do Sul, 2011.
“[...] o luto pode ser definido como um conjunto de reações diante de uma perda. É um processo e não um estado, sendo uma vivência que deve ser devidamente valorizada e acompanhada, fazendo parte da saúde emocional, caso contrário, se não for vivenciada retornará para ser trabalhado. Envolve uma sucessão de quadros clínicos que não desaparecem rapidamente e pôde ser verificado nos resultados da pesquisa. Não é um processo linear e está diretamente ligado as características individuais de personalidade e a intensidade da relação que manteve com o falecido” (pag. 2).
“A Teoria do Apego de BOWLBY (1985) elucida a tendência dos seres humanos em estabelecer laços afetivos [...]. No luto essa tendência torna-se uma experiência, uma vez que o sujeito sofre um significativo abalo emocional ao perder alguém próximo. A vivência e intensidade do luto são variáveis, conforme o apego estabelecido pelo sujeito enlutado” (pag. 3).
“[...] pais que respondem às necessidades de segurança de seus filhos contribuem positivamente para reação a uma perda por morte inesperada. Por outro lado, progenitores ansiosos e inseguros proporcionam sofrimentos decorrentes da perda, desencadeando consequencias futuras” (pag. 3).
“De acordo com SANTOS (2009) a intervenção com pessoas enlutadas atinge os três níveis de prevenção. O objetivo na intervenção primária é trabalhar com todos os enlutados, avaliar suas condições, recursos e possibilidades de resiliência. Na secundária, o foco se dirige aos pacientes em risco. Por fim, na prevenção terciária objetiva-se trabalhar com enlutados que apresentem reações de luto complicado.” (pag. 4).
“SIMONETTI (2004) salienta que o enfrentamento é a maneira de encarar o luto de forma mais realista. A luta é tudo que a pessoa faz perante um limite tentando superá-lo, e luto é tudo aquilo que uma pessoa faz diante de uma perda tentando