fichamento lewgoy
‘’A motivação para escrever este artigo parte da nossa condição de professoras e, mais precisamente, de supervisoras pedagógicas e assistentes sociais que, no cotidiano profissional, assumem a atribuição da supervisão de estagiários de Serviço Social. Como tal, surge a necessidade de responder às demandas dos alunos a respeito da instrumentalidade como elemento fundamental no processo de formação profissional . A produção textual que trata da especificidade da dimensão técnico-operativa (e em especial sobre entrevista) vem sendo preterida, se comparada com aquelas que tratam das especificidades da dimensão teórico metodológica e ético-política. O conhecimento a este respeito vem se reproduzindo em grande parte pela tradição oral, ou pela consulta na produção de outras áreas do saber. Desse modo, torna-se relevante retomar a temática sobre entrevista, entendendo-a como um dos instrumentos que, dialeticamente articulado aos demais, vai compor a palheta do instrumental que viabiliza a operacionalização nos processos de trabalho do assistente social.
A questão do instrumento remete-nos a Leontiev (1978), o qual referencia o trabalho como um processo que liga o homem à natureza e sobre a natureza. O trabalho, então, caracteriza-se pela fabricação e uso de instrumentos e pela atividade comum coletiva, que distingue o homem em relação aos demais seres, bem como ele se relaciona à natureza. “O trabalho é, portanto, desde a origem, um processo mediatizado simultaneamente pelo instrumento (em sentido lato) e pela sociedade” (LEONTIEV, 1978, p. 262)’’(p.233)
O contexto da entrevista no Serviço Social ‘’A entrevista constitui-se em instrumento de trabalho do assistente social pelas requisições e atribuições assumidas desde os primórdios da profissão. Mary Richmond (1950), em sua obra Diagnóstico Social, referia que através dela o assistente social faria o diagnóstico social. Referia-se, naquela época, à entrevista inicial como