Fichamento: Ler e Escrever (131 até 157)
(131 até 157)
Referenciação é o processo que diz respeito às diversas formas de introdução, no texto, de novas entidades ou referentes. Quando tais referente são retomados mais adiante ou servem de base para a introdução de novos referentes, tem-se o que se denomina progressão referencial.
Podemos recorrer a dois tipos de introdução de referentes textuais: ativação ‘ancorada’, quando um novo objeto de discurso é introduzido no texto, com base em algo já contido antes no contexto, e ‘não-aconrada’, quando o escritor introduz no texto um objeto de discurso totalmente novo.
Casos de introdução de referentes de forma ancorada constituem anáforas indiretas, uma vez que não existe no contexto um antecedente explícito, mas, sim, um elemento de relação que se pode dominar de âncora e que é decisivo para a interpretação.
Na anáfora indireta, geralmente constituídas por expressões nominais definidas, indefinidas e pronomes interpretados referencialmente sem que lhes corresponda um antecedente explícito no texto, ocorre uma estratégia de ativação de referentes novos, e não de uma reativação de referentes já conhecidos, o que constitui um processo de referenciação implícita.
É preciso estabelecer um equilíbrio entre repetição e progressão para garantir uma continuidade de um texto.
Progressão referencial é feita através da retomada ou remissão a um mesmo referente, pode ser feita por: formas de valor pronominal; numerais, certo advérbios locativos; elipses; formas nominais reiteradas; formas nominais sinônimas ou quase sinônimas; formas nominais hiperonímicas; nomes genéricos.
Formamos cadeias anafóricas quando remetemos seguidamente a um mesmo referente ou a elementos estreitamente ligados a ele. Esse movimento constitui um principio de construção textual, praticamente todos os textos possuem uma ou mais cadeias referenciais. Por exemplo: em sequencias descritivas; em sequencias narrativas; em sequencias expositivas.