Desenvolvimento e Distribuição de renda no Brasil
O Brasil é um dos países que aparecem com o maior grau de concentração de riqueza na esfera mundial. Segundo dados estatísticos de órgãos como Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e (PNAD) Pesquisa Nacional por Amostras e Domicílios, apenas 1% da população brasileira tem em mãos metade da renda nacional. Os números são alarmantes, perdemos somente para a África do Sul e Malawi, de acordo com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
ORIGENS DA CONCENTRAÇÃO DE RENDA
As origens dessa grande e discrepante concentração de renda vem se constituindo a décadas e décadas, desde a chegada dos lusitanos “nessa terra de palmeiras, onde canta o sabiá”. Depararam-se com um novo, desconhecido e denso mundo. O que a princípio não atraiu tanto a atenção do governo português. Por que diferentemente dos espanhois que encontraram um mundo onde já haviam civilizações desenvolvidas e organizadas socialmente, no recém descoberto território brasileiro, em meio a imensidão da floresta fora encontrada uma civilização muito precária em termos sociais, e aparentemente sem muitos atrativos. Ou seja, tudo teve que ser criado apartir do zero, para que de alguma maneira a colônia rendesse o que todos buscavam, que era o lucro. Produziu-se então uma atividade comercial a priore no litoral brasileiro, o que concentrou as grandes massas naquela região. Consequentemente atrofiou o desenvolvimento econômico nas demais regiões do território brasileiro. Aos poucos devida a muita pressão externa e ameaças a soberania portuguesa, a colônia passou a se organizar em capitanias para maior controle do governo. Esse sistema de capitanias dava total poder para aquele que ficara responsável em povoar e cultivar a terra, o donatário, tomando decisões que iriam desde a arbitrariedade do povoado a punição de rebeldia insubordinação do povo.