Fichamento kingdon: agendas
O estabelecimento da Agenda do governo é o resultado de um processo complexo que não segue passos pre-estabelecidos nem pode ser qualificado segundo os critérios da racionalidade. Em vez disso, diferentes fluxos independentes fluem pelo sistema todos juntos e alguns deles são incorporados quando uma janela política é aberta. Muitas vezes as soluções são propostas e, somente aí, os problemas viram visíveis; e as alternativas apresentadas pelos atores são, em geral, defendidas por largo tempo antes de ser objeto da atenção num momento critico.
Principais conceitos, argumentos e conclusões centrais
O processo de criação de políticas públicas implica: a) estabelecimento de agenda; b) Especificação de alternativas; c) Autoridade toma uma decisão a partir das alternativas; d) Implementação das alternativas. Em função desse esquema, o autor centra se nos dois primeiros passos, principalmente interessado em compreender por quê alguns temas chegam a ser proeminentes na agenda de Políticas públicas, e por quê algumas alternativas são consideradas seriamente e outras não.
O autor faz as aclarações seguintes: Agenda: é uma lista de temas ou problemas que os tomadores de decisão consideram seriamente (estão no centro da atenção). Duas agendas podem ser distinguidas:
Agenda governamental, dos temas que estão sob consideração das autoridades tomadoras de decisões,
Agenda de decisão, dentro da agenda governamental, são os temas que estão sujeitos a decisão ativa.
Os conceitos surgem após a análise de uma série de casos de estudo dentro do Governo dos Estados Unidos (organizações de saúde, seguro médico nacional, desregulamentações no transporte, taxas de uso nas vias fluviais). Edições seguintes aplicarão o mesmo modelo para analisar novos casos nas administrações de Reagan, Clinton e Obama.
O processo de proeminência de temas e alternativas segue 3 fluxos, que podem aparecer como IMPETUS (temas promovidos a maior importância) ou RESTRIÇÕES