fichamento historiai

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Silva, Alberto da Costa e. A Enxada e a Lança, a África antes dos portugueses. Capítulo: 17- Ifé. pp 475 a 493
Os povos que hoje habitam ao sul, a sudoeste e a sudeste da confluência do Níger com o Benué, ou, na proximidade do encontro das águas, sobres esses rios, parecem viver naquela área há vários milhares de anos. Pelo menos é isso que indica a glotocronologia. (p.475)
No primeiro milênio de nossa era, esses povos, que cultivavam o sorgo e o milhete, nas savanas do norte, e os inhames, o dendê, os feijões, o quiabo e o akee, nas florestas do sul, devem ter desenvolvido instituições políticas baseadas nos laços da família. Cada vilarejo dividia-se possivelmente em várias linhagens, cujos chefes eram escolhidos pela idade ou pela proximidade genealógica com o grande ancestral. (p.475)
Nos miniestados que chegaram às vésperas de nossos dias, os cabeças de linhagem determinavam a alocação e o uso da terra e muitos dos comportamentos sociais. (p.476)
A população masculina era, por exemplo, dividida em grupos de idade, que podiam ser apenas três – os jovens, os adultos e os velhos – ou compreender processos de solidariedade mais complexos, com laços especiais entre os que haviam compartilhados os ritos de acesso à vida adulta. As funções sociais repartiam-se entre os grupos, cabendo aos mais velhos a religiosas, judiciárias e de decisão política. (p.476)
Linhagens, grupos de idade, associações de titulados e sociedades secretas – estas a zelarem pela ordem e a observância dos costumes – possuíam suas atribuições e seus poderes cuidadosamente balanceados, de modo que as decisões eram tomadas por consenso dos principais segmentos da aldeia-estado. (p.476)
Em muitas dessas coletividades políticas podia haver um chefe, que era mais um símbolo da unidade do grupo do que um titular de poder. (p.476)
[...] No caso de comunidades formadas por primitivos habitantes da terra e imigrantes, o chefe saía de um grupo ou do outro. (p.476)
[...] as antigas instituições de

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