Fichamento Fazer uma Universidade - LUCKESI

2.2 A fase da substituição das importações.
*Da década de 30 em diante, se processaram grandes modificações no que pertence à educação e ao papel do Estado no seu objetivo. Nessa fase profundas mudanças aconteceram no processo educativo-transmissor do conhecimento. A criação de algumas universidades; a lei da obrigatoriedade do ensino primário; a criação de escolas profissionalizantes para as classes menos favorecidas, destacam-se.
Várias tentativas de reformas educacionais morreram ao nascer. Tudo isso, pois, a transmissão de conhecimento devia ser um instrumento fundamental de manipulação das classes subalternas por aquelas que estavam no poder ou ascendiam a ele.

2.3. Os nossos dias.
O conhecimento não é transmitido em moldes criativos e críticos, mas, em perspectivas que simplesmente acentuam a subjugação das classes subalternas.

2.3.1. A distorção ideológica da realidade e da história.
Os textos escolares de transmissão distorcem a realidade de maneira tão ingênua, que abordam outra realidade que não é a nossa. Porque a realidade é assim apresentada? Maria de Lourdes diz:
“Pretende-se criar um mundo coerente, justo e belo, ao nível da imaginação, para mascarar o mundo real existente, cuja continuação é do interesse das classes dominadoras; {...} Pretende-se incentivar o relacionamento vertical doador-receptor; colonizador-colonizado; pretende-se valorizar o sacrifício para que suporte melhor as injustiças e a exploração existentes; {...}”. (pág.109)

2.3.1.2. A nossa história é totalmente comunicada do ponto de vista do dominador e a seu serviço.
a) Através do que é transmitido e debatido sobre o índio, ele se torna, cada vez mais, um ser existente apenas no passado. Ajudando e intensificando, o massacre atual das tribos indígenas e a roubo de suas terras e desrespeitos aos seus valores.
b) Já sobre o negro, colocando o racismo no passado, demonstra o esquecimento de que “todos os países que foram um dia colônias de metrópoles brancas