Fichamento do texto... Primavera do Povos de Eric Hobsbawn
HOBSBAWM, Eric. A Era do Capital. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 2004. “A Primavera dos Povos” Pp. 27-50
Ao inicio de 1848, Alexis de Tocqueville, pensador político francês, foi a Câmara dos Deputados para falar sobre a revolução que estava prestes a acontecer. Praticamente ao mesmo tempo, Karl Marx e Friedrich Engels publicavam para a Liga Comunista Alemã, em 24 de fevereiro de 1848, o livro intitulado Manifesto do Partido Comunista, para ser publicado em vários idiomas. A revolução foi tomando rumos sem precedentes, em pouco tempo a Europa se via em uma série de revoluções. Nesse curto tempo, nenhum governo ficou de pé na área que hoje ocupam, aproximadamente, 10 estados. Além dessa derrubada de governos, outros países tiveram influência, um exemplo dessa influência, foi a insurreição em Pernambuco, no Brasil, em 1848 e outra na Colômbia, anos depois. A revolução de 1848 foi uma das únicas, se não a única, a afetar tanto as partes desenvolvidas como as não-desenvolvidas da Europa. Porém, as passar dos meses, a revolução foi enfraquecendo, e no final de dezoito meses subsequentes a revolução, a única república que permanecia era a República Francesa. A revolução atingiu regiões ricas, pobres, cultas, iletradas, desenvolvidas e atrasadas. Foi uma revolução que atingiu regiões diferentes. A história e a política dividiram a zona da revolução em duas partes que pareciam ter poucas coisas, ou nada em comum. Politicamente, essa zona da revolução era heterogênea. A existência estava em jogo, com exceção da França, na o povo alemão lutava para criar uma “Alemanha”, e essa mesma coisa acontecia aos italianos, que queriam uma Itália unida. Os radicas pensavam numa solução simples: ergueriam uma república democrática centralizada da Alemanha, Itália, Hungria, e qualquer outro país que dividisse os ideais da Revolução Francesa, e empunhassem uma bandeira tricolor, tal como a bandeira da França. Os moderados, por sua vez,