Fichamento do livro 'O Prínicpe', de Nicolau Maquiavel

MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. Vozes, 2013 – 4ª Ed. – Tradução de Hingo Weber.
Político ativo de sua época, Nicolau Maquiavel, em sua obra dedica a Lourenço de Médici, discorreu de forma realista e utilitarista sobre os métodos de conquista e preservação de Estado e seus possíveis desdobramentos, partindo do pressuposto de que “O desejo de conquista é coisa verdadeiramente muito natural e comum entre os homens.” (MAQUIAVEL, p. 18) O autor postula que, para atingir os objetivos desejados, cabe ao governante fazer uso da sua capacidade de discernir o que convém, ou não, ser realizado, e, a partir dessas convicções, agir de forma conveniente. Não desprendida dessa ideia central – denominada virtù – deve estar presente a noção de que o Príncipe não pode desperdiçar as ocasiões e oportunidades que, por ventura, lhe apareçam, ou seja, o Príncipe necessita, além de sua virtú, da fortuna para obter sucesso. (pp.27-38)
Voltando-se para a concepção absolutista do momento em que a obra foi escrita, o autor defende a necessidade do líder de controlar a segurança do Estado a qualquer custo, mesmo fazendo uso de ações temerárias e, acima de tudo, manter o povo como seu aliado – porque esse representa a maioria, devendo ser respeitado – e seus métodos, preferencialmente, dependentes somente de seu poder e suas armas, pois são esses que lhe trariam mais mérito diante de seus governados. “Um príncipe sábio deve pensar um modo pelo qual os seus cidadãos, sempre e em qualquer circunstância do tempo, tenham necessidade do Estado e dele; e depois sempre lhe serão fiéis.” (MAQUIAVEL, p. 47) “Um príncipe sábio sempre (...) se voltará às próprias armas” (MAQUIAVEL, p. 61).
Sendo mais seguro ser temido que amado (p. 74), segundo o autor, a partir do momento em que o governante toma para si as concepções tratadas na obra, ele passa a tomar conhecimento e prática no que diz respeito à manifestação de outras duas qualidades essenciais – manifestadas ora por meio da virtú, ora por meio