Fichamento do livro revolução da educação, de cristovam buarque
O Brasil é o primeiro em futebol e o 880 em educação. A razão é simples. A bola é redonda para todos, todos começam a jogar aos quatro, e só abandonam quando querem; muitos não abandonam jamais. A escola é redonda para alguns e quadrada para muitos; é completamente diferente conforme a renda e o local onde está.
Este texto procura apresentar um caminho para arredondar todas as escolas do Brasil e garantir a chance de nelas manter todos os nossos jovens. Há outros caminhos, mas esse é um deles.
Neste começo de século, o desenvolvimento do Brasil esbarra em dois muros: a desigualdade que divide o país e o atraso que o separa do resto do mundo desenvolvido. O muro da desigualdade separa, aqui dentro, uma parte da população da outra; o muro do atraso separa o Brasil do resto do mundo desenvolvido.
O Brasil começou seu crescimento econômico, mas não se aproximou da utopia da equidade e do desenvolvimento. Ao contrário, viu crescer o fosso entre as classes sociais, atingindo um padrão de apartheid, de apartação social. Para se desenvolver, a civilização brasileira terá de derrubar seus dois muros. E isso só será possível com uma revolução.
A proposta contempla um cronograma de execução, iniciando-se em 200 cidades no primeiro ano, onde serão instaladas as Escolas Ideais para uma revolução educacional. Essas localidades serão denominadas de Cidades com Escola Básica Ideal (CEBIs)
Ao longo de 20 anos todas as escolas terão o formato da Escola Ideal. Mas a proposta contempla também uma melhoria do Sistema Tradicional (todas as demais escolas/cidades que não fizerem parte das CEBIs).
Comentário:
Neste trecho inicial, o autor apresenta o texto, dispondo sobre os objetivos que o levaram a construi-lo, bem como sobre sua proposta revolucionária para a educação. Cita o cronograma de execução do plano de ação, inicialmente, em 200 cidades, até sua total expansão por todo o país, onde serão instaladas as Escolas Ideais.
PARTE I: O QUADRO