Fichamento do Livro Relações Sociais e Serviço Social no Brasil: esboço de uma interpretação histórico-metodológica/Marilda Villela Iamamoto, Raul de Carvalho, - 14. Ed.- São Paulo, Cortez; [Lima, Peru]: CELATS, 2001. Capítulos 1 e 2.
Capítulos 1 e 2.
“A “questão social”, seu aparecimento, diz respeito diretamente á generalização do trabalho livre numa sociedade em que a escravidão marca profundamente seu passado recente. Trabalho livre que se generaliza em circunstâncias históricas nas quais a separação entre homens e meios de produção se dá em grande medida fora dos limites da formação econômico-social brasileira.” (pág.125)
“Nesse momento, o capital já “se liberou” do custo de reprodução da força de trabalho. Limita-se a procurar no mercado, segundo suas necessidades, a força de trabalho tornada mercadoria. A manutenção e reprodução, por meio do salário, estão a cargo do próprio operário e de sua família.” (pág.125)
“Como vendedor livre de sua força de trabalho-a certo estágio de desenvolvimento da produção capitalista - sucumbe inexoravelmente à exploração desmedida do capital.” (pág.126)
“A exploração abusiva a que é submetido – afetando sua capacidade vital – e a luta defensiva que o operariado desenvolve aparecerão, em determinado momento, para o restante da sociedade burguesa, como uma ameaça a seus mais sagrados valores, “ a moral, a religião e a ordem pública”. Impõe-se, a partir daí a necessidade do controle social da exploração da força de trabalho. A compra e venda dessa mercadoria especial sai da pura esfera mercantil pela imposição de uma regulamentação jurídica do mercado de trabalho através do Estado.”
As Leis Sociais que representam a parte mais importante dessa regulamentação, se colocam na ordem do dia a partir do momento em que as terríveis condições de existência do proletariado ficam definitivamente retratadas para a sociedade brasileira por meio dos grandes movimentos sociais desencadeados para a conquista de uma sociedade social.”