Fichamento do livro introdução À análise do direito
Essa dificuldade pode estar vinculada a relação feita entre a linguagem e a realidade. No pensamento jurídico acredita-se que o conceito define a essência das coisas e que as palavras são veículos dos conceitos, desse modo a relação entre o significado das expressões lingüísticas e a realidade são uma conexão necessária que os homens não podem criar ou alterar,mas conhecer.Esse pensamento diz que existe apenas uma definição para uma palavra, e essa definição foi obtida através da intuição intelectual da natureza intrínseca dos fenômenos denotados pela expressão.
Os filósofos analíticos fogem do convencionalismo discordando sobre a linguagem e realidade, dizendo que essa relação foi estabelecida apenas por um critério,sendo facultativo e que podemos escolher os símbolos para se referir a algo ou coisa.Nessa análise filosófica,temos que dar algum significado as palavras, mas é conveniente verificar o significado na linguagem comum,como uma maneira de descobrir diferentes conceitos importantes.
Desse modo, não se deve definir o direito pela sua essência, mas por critérios de utilidade teórica e de conveniência para a comunicação, e a dificuldade dos juristas ao conceituar o direito está em grande parte na não aceitação dessa concepção.
Alguns escritores acreditam que existe apenas um conceito para o direito e acabam estudando apenas a sua essência, se esquecendo do significado teoricamente fecundo da palavra e há juristas que não percebem que definir uma palavra é diferente de descrever a realidade.
O simples fato de substituir a busca da “verdadeira essência do direito” pela palavra “direito” na linguagem corrente não o caracteriza clara e definitivamente,por ser uma palavra ambígua e seus siginificados serem profundamente relacionados entre si.Vejamos três exemplos:” o direito