Fichamento do artigo científico assistência em saúde mental sustentada no modelo psicossocial: narrativas de familiares e pessoas com transtorno mental
Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-62342012000600018&lng=en&nrm=iso.
Este artigo teve como objetivo a percepção dos familiares e dos portadores de transtorno mental sobre a assistência em saúde mental de modelo psicossocial. Um modelo que atribuiu à inclusão da família no tratamento a melhora na relação familiar e a aceitação da doença.
O artigo expõe a necessidade da reformulação das práticas na assistência e a proposição de um novo modelo de atenção à saúde mental frente às críticas feitas ao modelo hospitalocêntrico manicomial. Afirma ainda que, “a consolidação desse modelo envolve a desconstrução de modos de pensar e conceber a loucura, de práticas e discursos que conferem caráter de objeto à mesma. Também, das relações sociais ainda impregnadas pelo paradigma racionalista e reducionista baseado no problema-solução e a desconstrução do manicômio no que diz respeito às estruturas físicas, aos mitos e às formas arcaicas de fazer e de pensar centradas na institucionalização.” Explica ainda que a premissa do modelo psicossocial é a construção do conhecimento por meio da intervenção/transformação efetiva da realidade, articulando o discurso, a análise e a prática. Fala sobre o surgimento de estratégias inovadoras de experiências comunitárias de tratamento e acolhimento em saúde mental e sobre o desafio destas estratégias de buscar novas tecnologias de cuidado e a humanização das relações entre a pessoa com transtorno mental, sua família e a sociedade, e os objetivos devem ser de inclusão e respeito aos direitos humanos. Afirma que, no campo sociocultural a instituição passa a ser compreendida como espaço de liberdade, não de vigilância e violência, e o louco, até então considerado perigoso