Fichamento Dickel

DICKEL, A. Que sentido há em se falar em professor-pesquisador no contexto atual? In: Geraldi, C.; FIORENTINI, D.; PEREIRA, E.M. (Org). Cartografia do Trabalho Docente: professor(a)-pesquisador(a). Campinas: Mercado das Letras, 2001. p. 33 - 71.

Neste artigo a professora Adriana trás algumas contribuições sobre a proposta de formação do professor-pesquisador. Segundo ela, devido à necessidade imposta pelo trabalho com uma população continuamente expropriada das condições de acesso e permanência na escola. Assim, a autora inicia discorrendo sobre os conflitos vividos na escola pública desde o seu período de expansão para chegar a um diagnóstico de: “[...] uma complexidade de determinações que constituem a produção social e econômica dessa exclusão. Na esfera escolar, essa exclusão se dá, fundamentalmente, pela organização da escola, inserida em um sistema ensurdecido em relação às demandas sociais e às necessidades provenientes das camadas populares” (pp. 39 e 40).
“Nesse contexto, reivindico a formação do professor pesquisador como aquele profissional que, ao optar pela luta [...] coletiva por alternativas viáveis e comprometidas em a especificidade e o valor do trabalho docente e com uma educação que fomente nas crianças a potencialidade de inventar e lançar as bases de um mundo diferente daquele anteriormente esboçado, seja capaz de se engajar na busca de uma pedagogia e de uma escola que consigam trabalhar nesse meio adverso [...] é critério a defesa da formação de um professor reflexivo, para nós, um professor-pesquisador”. (pp. 42 e 42).
Para sustentar sua proposta a autora busca apoio no trabalho do educador Lawrence Stenhouse, que acredita “na capacidade dos professores potencializada pela mútua colaboração entre eles e os pesquisadores acadêmicos, de elaborar um currículo, em continuo desenvolvimento e avaliação, que contribuísse para a emancipação dos sujeitos que convivem na escola” (p.44). Para esse autor, currículo é entendido “como um conjunto