Fichamento de leitura: RIPOLLÉS, A. Casero. (2008). Modelos e relación entre periodistas y políticos: La perspectiva de la negociación constante.
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Fichamento de leitura: RIPOLLÉS, A. Casero. (2008). Modelos e relación entre periodistas y políticos: La perspectiva de la negociación constante. In: Estudios sobre el Mensaje Periodístico, 14 p. 111-128. Universidad Jaume I: Castellón, España. O texto trata da relação entre políticos e jornalistas, que o autor considera estreita e interdependente, uma vez que em certa medida um depende do outro para realizar seu trabalho. O político se vale da mídia para se fazer ouvir - aprende inclusive a adequar-se aos formatos dos meios. De outro lado, jornalistas não podem dispensar as informações de políticos. É um movimento de mediatização, em que cada vez mais a cidadania é exercida de forma indireta. Isto é, o debate político é mediado, se dá de modo geral na mídia (p. 112-113). Com base nisso, Casero Ripollés apresenta cinco padrões em que pode se dar essa relação. O primeiro deles é o modelo adversativo, que propõe uma imprensa livre, com alto grau de independência e que cumpre papel de fiscalizadora. Compromissada não com governos mas com seu público, constituiria o que se chama de quarto poder. A relação entre jornalistas e políticos, nesse cenário, é de "rivalidade e desconfiança mútua" (p. 114). Já o segundo modelo, o colateral, é bem diferente: nele, jornalistas seriam "porta-vozes de pontos de vista similares aos sustentados por partidos e instituições políticas". Ou seja, haveria uma atuação conjunta de meios de comunicação e políticos, situação em que a mídia teria posição de subordinação, a serviço de governos e suas agendas e posicionamentos (p. 115). Há, ainda, o padrão de competição, em que jornalistas disputam espaço como atores políticos. Para tanto, precisam de certa autonomia. Na competição, não há necessariamente relação de conflito com os políticos, visto que em determinados momentos pode haver cooperação (p. 116). Chega-se, então, ao quarto modelo, de intercâmbio, que parte do princípio de que se há uma interdependência entre políticos