Fichamento - Cidade Genérica
“A Cidade Genérica” de Rem Koolhaas, texto integrante do livro "S, M, L, XL". 1995, p. 31-65.
“A identidade concebida como forma de partilhar o passado é uma proposta perdedora: não só existe (...) – quanto mais se abusa dela, menos significante se torna – até chegar o momento em que as suas decrescentes dádivas se tornam insultuosas.” (p. 32).
“Quanto mais poderosa for a identidade, mais nos aprisiona, mais resiste à expansão, à interpretação, à renovação, à contradição.” (p. 32).
“(...) sem o centro não há periferia; o interesse do primeiro compensa presumivelmente a vacuidade do outro.” (p. 33).
“Não só o centro é por definição demasiado pequeno para cumprir as obrigações que lhe estão consignadas, como também não é já o centro real, antes uma miragem empolada em vias de implosão; contudo, a sua presença ilusória nega legitimidade ao resto da cidade.” (p. 33-34).
“na nossa programação concêntrica a insistência no centro como núcleo de valor e significado, fonte de toda a significação, é duplamente destrutiva: não só o volume sempre crescente das dependências é um tensão essencialmente intolerável, como também significa que o centro tem que ser constantemente mantido, quer dizer modernizado.” (p. 34).
“A Cidade Genérica rompe com o ciclo destrutivo da dependência, não é mais do que um reflexo da necessidade actual e da capacidade actual”. (p. 35).
“A serenidade da Cidade Genérica consegue-se através da evacuação do domínio público, (...). A superfície urbana agora só alberga o movimento necessário, fundamentalmente os carros; (...).” (p. 38).
“Anteriormente manifestações de máxima neutralidade, os aeroportos estão agora entre os elementos mais singulares e característicos da Cidade Genérica, sendo o seu mais poderoso veículo de diferenciação.” (p. 39).
“Em termos da sua iconografia; desempenho, o aeroporto é um concentrado tanto do híper-local como do híper-global – hipér-global no sentido de que podemos adquirir aí artigos que não se