Fichamento Capítulo I - Livro "Etnomatemática e História da Matemática", Ubiratan D’Ambrósio.
- Etnomatemática: seu objetivo maior é dar sentido a modos de saber e fazer das várias culturas e reconhecer como grupos de indivíduos executam suas práticas de natureza matemática, tais como contar, medir, comparar, classificar, entre outras formas de contagem ou medidas.
- A etnomatemática vem se impondo e se consolidando em todo o mundo.
- Epistemologia: a teoria da ciência, ou seja, a teoria dos conhecimentos.
- Não se reconhecem epistemologias ou teorias dos conhecimentos tradicionais. Procurar uma teorização desse conhecimento é um grande desafio metodológico.
- A matemática praticada nas escolas, no cotidiano das sociedades “civilizadas”, tem seus fundamentos formalizados, objetos de estudo bem definidos, codificação e linguagem própria enquanto a matemática praticada por grupos culturais ainda necessita dessa teorização, codificação e registro dos saberes matemáticos tradicionais.
- Desde a antiguidade a humanidade se polarizou entre o civilizado e o selvagem. Essa dicotomia dá origem a obstáculos, conseqüências políticas e educacionais.
- Cultura pode ser entendida como um conjunto de saberes e fazeres como conhecimento implícito, tradições e comportamento.
- O Poeta Antônio Machado disse: “Caminante no hay camino, se hace el camino al andar”. Assim é com a busca pelos conhecimentos tradicionais, cada passo é um novo momento, não há um caminho ou uma metodologia definida para obtenção e registro dos saberes tradicionais. Cada caso tem sua especificidade e à medida que as perguntas forem sendo respondidas o caminho será construído.
- O programa Etnomatemática se nutre da busca por entender a geração, organização intelectual e social, e a difusão e transmissão do conhecimento e comportamento humano acumulado ao longo da evolução das diversas culturas.
- O progresso da etnomatemática depende de leituras multiculturais de narrativas perdidas, esquecidas ou