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Faraco, Carlos Alberto. Linguagem escrita e alfabetização. – São Paulo: Contexto, 2012, p 44 – 52.

A Variação linguística
“Uma língua é sempre uma realidade plural, isto é, uma língua é um conjunto de incontáveis variedades: inúmeros dialetos geográficos e sociais, variadíssimos estilos, incontáveis registros aliados às mais diversas atividades humanas.” (pag.44).
“As variedades se diferenciam pelo modo como os enunciados são pronunciados, como as sentenças são construídas, como os processos morfológicos se realizam e também pelas palavras que são mais comumente usadas e pelos sentidos agregados a cada uma delas.” (pag. 45).
“Dizemos, então, que falamos a mesma língua quando nossas variedades compartilham essas áreas de sobreposição básica.” (pag. 45).
“Temos aqui um exemplo de como a língua pode ser transformada num elemento de discriminação social. Não é fácil romper com essas atitudes preconceituosas e discriminatórias porque elas estão profundamente enraizadas na nossa cultura. Se tivermos, contudo, clareza de que o problema não está na língua – justamente porque todas as variedades são muito bem organizadas -, poderemos lutar contra essas atitudes negativas que tanto danos causam na escola, no trabalho e na vida em geral.” (pag. 46).
A linguagem verbal escrita
“O meio básico de expressão da linguagem verbal é a oralidade, ou seja, a expressão articulada de sons produzidos pelo aparelho fonador.” (pag. 47).^
“A comunicação pelo meio escrito, por sua vez, não conta com a presença física do interlocutor.” (pag. 49).
“O ato de escrever exige, então, cuidadoso planejamento prévio; sua temática não pode ser difusa, mas deve ser centrada, sequencialmente bem trabalhada e apoiada em recursos coesivos estritamente controlados.” (pag. 49).
“Com a escrita, a humanidade pôde transcender os limites do tempo, do espaço, da comunicação face a face e da cultura apenas oral e local.” (pag. 50).
“O meio escrito, por ser tradicionalmente destinado à comunicação a distancia,