Ficha de leitura “O designer humilde. Lógica e ética para a inovação.”
O livro, do professor e designer Charles Bezerra, não trata apenas de design, mas é também uma reflexão sobre sustentabilidade e sobre os problemas cotidianos da sociedade. Logo no prefácio, Bezerra afirma que nós, através de nossas criações, temos a capacidade de mudar o mundo, o futuro e a nós mesmos, dando o nome de design à esse processo de criação. Nossa capacidade de design está ligada a quem somos e a quem eventualmente iremos nos tornar, seja de forma individual ou coletiva. O autor também cita que a maioria dos designers possui um grande ego e não conseguem perceber ou assumir seus próprios erros, ele explica também que a ideia do designer humilde se baseia no fato das pessoas reconhecerem suas próprias limitações e dependência dos outros. O design é uma área relativamente nova, mas que está se espalhando e conquistando espaços nos mais diversos ramos de atividade, sendo um conceito que incorpora vários outros. Em razão dessa disseminação, a palavra design, como diz o autor, é “usada e abusada” nos dias de hoje. Porém, há o levantamento da tentativa incessante de definir o que é design, visto que a nossa capacidade de criar, inovar e resolver problemas é maior do que uma palavra ou definição. Ou seja, que devemos focar as nossas energias nos reais problemas que estão à espera de melhorias, sejam quais forem, e dar menos importância às questões verbais. O autor afirma que para inovar precisamos saber muito sobre muita coisa, ser ao mesmo tempo especialista e generalista , pois a premissa para ser inovador é ver várias coisas através de várias perspectivas, ângulos e aspectos, e não ficar preso a conhecimentos de uma ou outra disciplina, mas sim voltados para o todo. Assim como o design não pode ser definido em uma palavra, também não pode ser resumido em uma disciplina. Já que na verdade somos estudantes de problemas, os quais não possuem fronteiras específicas e determinadas.