ficha de leitura I

Fundação Escola Superior do Ministério Público
Prof. Dr. Mauricio Reis
Filosofia do Direito
Victória Leie Scherer

Ficha de Leitura I
De acordo com os capítulos um e dois do livro Curso de filosofia do direito de Eduardo Bittar, o movimento sofístico surgiu no século V a.C. rompendo com a cultura onde imperava a preocupação filosófica pela cosmologia, pela natureza e pela religiosidade e centrando o pensamento no homem e nas coisas humanas. Protágoras, um sofista, dizia “O homem é a medida de todas as coisas.” (pág. 56)
Porém, “há quem não reconheça à sofistica nenhuma importância filosófica (...)” (pág. 56) e dizem também que “não se pode afirmar com correção que existe uma escola de sofistas.” Pois houveram estudos que comprovaram que os sofistas eram apenas um grupo de pensadores. Esse menosprezo pela escola sofista surgiu principalmente com o aparecimento da escola de Sócrates. Necessidades da democracia grega fizeram com que os sofistas tivessem seu aparecimento, como o preparo dos jovens, a dinamização dos auditórios e o fornecimento de instrumentos oratórios e retóricos para o cuidado dos próprios negócios.
Essa é a importância dos sofistas, eles relevaram “a técnica para a dominação do discurso assemblar e a rediscussão da dimensão do homem como ponto de partida para especulações humanas.” (Pág. 59) Nesta fase, as palavras eram o principal elemento para definir o que seria justo ou injusto. Também se fazia presente um “casuísmo relativista” onde só se poderia definir a justiça ou injustiça diante da análise do caso concreto. No plano filosófico essa mudança da cultura grega foi a relativização da justiça. “Para os sofistas, surgia o relativo, o provável, o possível, o instável e o convencional.” (Pág. 60) Diziam que o homem era o inicio e a causa de si mesmo.
Acreditavam em uma oposição entre a lei da natureza e a lei convencionada pelo homem, onde esta ultima seria a “que atentaria contra a ordem natural das coisas” (Pág. 62) e com isso a noção de justiça